Relatos de Experiência
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Eu me chamo Dario sou portador da sindrome de Asperger e recebi o meu diagnostico com 32 anos e hoje eu trabalho em uma das maiores empresa de tecnologia do Brasil.

Com 5 anos quando eu ganhei o meu Atari eu comecei a desejar em ser um programador de computador para aprender a fazer jogos de video games.

No ensino médio eu fiz um curso profissionalizante de técnico de processamento de dados em paralelo com o meu curso eu ia buscando material de estudo em livros e pela internet para saber o que eu precisava fazer para começar.

O meu primeiro jogo eu fiz em J2ME e para esse jogo eu dei o nome de Resgate em Varginha.

O objetivo desse jogo era controlar um disco voador para resgatar os ets que se perderam na cidade de Varginha MG.

Depois que eu me formei em engenharia da computação eu comprei uma conta no google play e fiz dois APPs um é o rosário um app que ajuda as pessoas a rezar o rosário e o outro é um placar para jogo de dardos nesse momento eu voltei para os dois e no rosário eu vou melhorar a arte e a contagem das orações e no placar de jogo de dardos eu vou melhorar a arte e vou ver como colocar publicidade nele para ganhar dinheiro com publicidade.

Antes de chegar na UOL eu trabalhei em outras empresas aonde eu ajudei a fazer um sistema para criação e edição de contratos e propostas e trabalhei em uma micro empresa de publicidade em jundiai aonde eu ajudava a administrar os sites dos clientes dessa empresa.

A uns 2 anos atrás eu comecei a fazer terapia então com a ajuda da minha terapeuta eu comecei a procurar um novo emprego e foi ai que surgiu a oportunidade de trabalhar na UOL aonde eu estou até hoje.

A minha maior dificuldade em me relacionar com as pessoas é saber qual é a hora certa na qual eu devo falar e a minha maior facilidade é na hora de criar um teste automatizado quando me pedem para fazer um.

Para chegar até aqui, a minha maior dificuldade era que eu não sabia como me comunicar, não tinha contatos e buscava tudo pela internet. A dificuldade de relacionar com as pessoas dificulta na busca de empregos e de oportunidades. Se isso acontece comigo, imagino que aconteça com todos que tem as mesmas características que eu.

Não podemos deixar o autista isolado, temos que ajudá-los a buscar grupos, mesmo que pequenos, para ajuda-lo a incluir no meio deste grupo e na sociedade.

No meu caso, como sou da igreja católica e estou fazendo o caminho neocatecumenal, isto está me ajudando bastante pois estou inserido em uma comunidade pequena e aprendendo a me relacionar com outros dentro dos meus limites.

Aprendi a morar sozinho, me transportar sozinho e a desenvolver os meus interesses.

Agradeço o convite para falar neste espaço que é muito importante para outras pessoas que tem as características que eu tenho. Cheguei até aqui pela minha insistência em fazer o que eu gosto e pela minha mãe. A família e as pessoas ao redor são muito importantes, precisamos dela. A sociedade precisa conhecer o autismo para nos ajudar.

Dario

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